Durante o mês de junho aconteceu na Obra Kolping, no bairro Dirceu Arcoverde, na zona sudeste de Teresina, o Encontro de Pesquisadores e Movimentos Sociais para sintetizar os dados do Projeto ”Nova Cartografia da Região Ecológica do Babaçu”.
O projeto é de responsabilidade do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu – MIQCB, com a coordenação de antropólogos e cartógrafos das Universidades Federais e Estaduais dos estados do Pará, Maranhão e Piauí.
Quebradeiras de coco de estados das regiões norte e nordeste participaram e trocaram experiências através de relatos marcados pela luta árdua em favor da preservação dos babaçuais, por conflitos envolvendo inclusive ameaças de morte, principalmente no vizinho estado do Maranhão.
De acordo com as profissionais, desde 2005, quando foi elaborada a última edição do Mapa da realidade dos babaçuais no Brasil, houve mudanças significativas, tais como: o aumento da extensão das áreas de babaçu, por ele ser uma floresta secundária invasora, o crescimento das associações de mulheres e grupos produtivos de subprodutos do babaçu, e a escassez do babaçu em extensas áreas contínuas para dar lugar ao agronegócio, como é o caso de União.
Segundo Ana Lúcia Corbani, que é articuladora da CPT em Teresina, “os mapas elaborados neste projeto vão contribuir para lutar por uma política extrativista em nosso país, por leis que defendam a preservação dos babaçuais, e para o reconhecimento dos atores sociais que diretamente vivem, convivem e sobrevivem do babaçu” explica.
Representando a Arquidiocese de Teresina, também participaram do encontro Francisca do Nascimento (da Associação das Mulheres Quebradeiras de M. Alves), Florência Carvalho do STTRAF de Miguel Alves e Gonçalves da Silva do STTRAF de União.
Com informações da CPT – Teresina