Neste mês de novembro, o Papa Francisco direciona as orações a todas aquelas crianças que sofrem, seja pelo abandono, pela fome ou por não terem os seus direitos básicos garantidos. Segundo dados da Unicef (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas), milhões de crianças vivem na pobreza multidimensional, não possuindo acesso à educação, saúde, casa, alimentação, saneamento ou água. Além disso, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos declarou que mais de 450 milhões de crianças vivem em zona de conflitos.
No estado do Piauí, a Casa de Acolhimento Lar da Criança “Maria João de Deus” é a instituição responsável por acolher e abrigar crianças de 0 a 12 anos que se encontrem em situação de vulnerabilidade social, em caráter provisório e para a adoção. Segundo Socorro Solano, uma das coordenadoras da instituição, o Lar da Criança abriga hoje cerca de 164 crianças, onde 40 estão à espera da adoção.
Para a coordenadora, falta incentivo para que as pessoas entendam a importância de adotar uma criança. “Estou há mais de 19 anos nesta instituição e me deparo todos os dias com o sofrimento das crianças que querem uma família. Precisamos estimular a sociedade através de palestras e encontros, para que ela se sensibilize e entenda a importância da adoção na vida de uma criança”, explica.
Aqueles que pretendem adotar, devem estar cientes das questões burocráticas envolvidas na ação, além da necessidade de uma preparação emocional. Socorro ainda externa que para atravessar todo o processo de adoção é necessário que haja muita paciência e sobretudo amor, pois é um novo integrante da família, que precisa de adaptação, carinho e aconchego.
“Não é só ter um filho, é algo que será para toda a vida. Os novos pais têm que estar preparados para viver cada fase, assim como é com um filho biológico. Se você tem a certeza ao adotar uma criança, será possível superar todas as dificuldades que possam vir no futuro”, completa.
Faz-se necessário que a temática seja mais discutida e refletida com os cristãos, para que mais casais possam aderir a adoção ou até mesmo incentivar outros que possuem esse desejo. Proporcionar uma família para uma criança que não tem uma é um ato de amor infinito, assim como Jesus Cristo propõe no Evangelho.