Entre os dias 01 a 04 de agosto, a Arquidiocese de Teresina realizou a formação anual permanente para padres e diáconos no centro de treinamento Pe. Tony Batista. Este ano, o evento abordou os seguintes temas: Síndrome de Burnout, Direção Espiritual – Ser e ter, Espiritualidade do padre diocesano e Espiritualidade de São Carlos de Foucauld.
De acordo com Dom Jacinto Brito, Arcebispo de Teresina, o evento acontece anualmente, sempre se repetindo com o objetivo de levar informações e atualizar os padres e diáconos. “Essa formação anual é extremamente importante para nosso clero, porque sabemos que de onde se tira e não se bota, em algum momento estará vazio. Nós não servimos apenas para dar, mas também para receber conhecimentos”, destacou.
Este ano o evento contou com uma programação variada, abordando desde assuntos como saúde mental, ao espiritual, com testemunhos sobre a vida cristã. O arcebispo, ainda revelou extrema gratidão mediante a presença de tantos padres e diáconos no evento. “Estou feliz com o número de pessoas presentes no evento deste ano. Sem dúvidas essa formação será importante para o nosso estudo e futuras reflexões, nos ajudando a ajudar”, pontuou o arcebispo.
Para o padre José Nery, arquivista da Cúria Metropolitana de Teresina e administrador da Diaconia de Nossa Senhora Aparecida no bairro Santa Maria da Codipi III, diferente do retiro espiritual que é um tempo de oração voltado para o encontro pessoal com Deus, a formação permanente do Clero, é sobre trocar experiências e ver que a Igreja está no caminho certo, ao mesmo tempo em que também instiga a autorreflexão.
“Olhamos para a Caminhada da Fraternidade que aconteceu esse ano, e enquanto membros ativos da Igreja, vemos que estamos seguindo pelo caminho certo. Ao mesmo tempo, refletimos sobre impasses que não nos permitem ser para o outro, e a formação vem como uma forma de apontar e ajudar a sermos melhores do que somos, para assim seguirmos por um caminho melhor”, explicou o padre.
A doutora em educação e mestra em psicologia, Filadélfia Carvalho, ministrou uma palestra de formação sobre a Síndrome de Burnout na vida sacerdotal. Segundo ela, os padres precisam entender sobre o assunto já que eles são como qualquer outro indivíduo, cheios de atribulações e com muitos afazeres no dia a dia. “Não é porque ele é padre que ele vai conseguir atender a todas as demandas que a sociedade está exigindo, mas como sacerdote ele precisa ter uma postura para repassar para a comunidade o que precisa ser dito”, destacou a psicóloga.
O sacerdócio é uma missão, e a formação continuada faz-se necessária para que eles consigam sempre repensar no fazer sacerdotal, respondendo as demandas e aos desafios sem que haja sobrecarga.