Como parte do seu constante protagonismo social, a Ação Social Arquidiocesana de Teresina (ASA) promove, nos dias 10 e 11 de novembro, no auditório Dom Avelar, Bairro de Fátima, o “Seminário Florada dos Ipês: prevenção e enfrentamento às violações de direitos de crianças e adolescentes”.
A programação começou às 08h da manhã desta terça (10) com a acolhida feita pelo Grupo Musical Nov@s Menin@s. Em seguida, foram realizadas duas salas sociais que debateram o agravamento das violações de direitos de crianças e adolescentes no contexto da pandemia da Covid-19, e apresentaram o fluxo do trabalho infantil, violência sexual e situações de risco a que elas são expostas.
O seminário marcou a abertura da quarta fase do projeto, que por meio dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Casa de Zabelê, Nov@s Menin@s, Integrar, e do Projeto Jovem Aprendiz, busca sensibilizar a sociedade para a importância dos cuidados e da promoção de políticas públicas eficientes que contribuam para o fim das situações de violência sexual e do trabalho infantil.
“São quatro serviços da ASA que se uniram para desenvolver esse projeto. Então, quando esse projeto nasceu, ele já trouxe a ideia de que realmente era preciso uma articulação para a proteção e cuidados com as crianças e adolescentes de Teresina”, explicou Carla Simone, Secretária Executiva da ASA.
Atualmente, o projeto conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCAT/FIA). Segundo a promotora de Justiça Joselisse Nunes, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude (Caodij), a ASA vem desenvolvendo muitos trabalhos importantes para a infância, principalmente na pandemia.
“Esse trabalho me empolgou bastante. É um trabalho muito bonito. A ASA é uma parceira indispensável, no estado do Piauí, para o desenvolvimento de várias ações referentes à proteção de crianças e adolescentes”, disse.
Violações dos direitos de crianças e adolescentes agravaram durante a pandemia
O evento também reuniu profissionais da assistência social atuantes na capital do Piauí para discutir estratégias de enfrentamento e os fluxos de encaminhamento dos casos de violência sexual e trabalho infantil para os órgãos da rede socioassistencial. Conforme Lucélia Silva, assistente social da Semcaspi, o projeto Florada dos Ipês surgiu como uma forma de combater as violações dos direitos de crianças e adolescentes, principalmente durante a pandemia.
“É preciso discutir as violações desses direitos de crianças e de adolescentes, especialmente nesse contexto de pandemia, onde as violações nesse público têm se agravado. É uma ação necessária para pensar nas estratégias de enfrentamento”, alertou.
O evento despertou o interesse de profissionais que atuam na educação, assistência social, psicologia e demais áreas voltadas para os cuidados de crianças e das famílias, que acompanharam de perto a programação que foi desenvolvida até 12h. Para a psicóloga Priscila Pitombeira, o evento trouxe a oportunidade para uma reflexão dos atendimentos que são realizados na capital.
“Momentos como esse são importantes para que possamos sair daquela rotina do atendimento e das demandas que chegam. Uma coisa é ter contato com as demandas, outra é vê-lo em forma de dados e números. Isso mostra a concretização das nossas ações”, relatou.