A Igreja de Teresina iniciou ainda no mês de janeiro, um importante processo de transição nas paróquias que passarão por mudanças em seu clero. As reuniões, conduzidas entre os padres que deixam suas atuais comunidades e aqueles que assumirão novas missões, têm o objetivo de garantir uma transição organizada, transparente e pastoralmente eficaz.
Os encontros contam com ampla receptividade por parte das comunidades, lideranças, conselhos paroquiais e dos próprios sacerdotes envolvidos na mudança. Segundo o diácono Giovanni Batista, vice-chanceler da Cúria, esse processo assegura que a alternância ocorra de forma estruturada, garantindo a continuidade da missão da Igreja.
“Os padres sentem segurança ao saber que aquilo que estão recebendo e entregando está devidamente documentado. Essas reuniões garantem que a transição ocorra com responsabilidade e transparência, permitindo que o trabalho evangelizador prossiga sem interrupções”, afirmou o diácono.
Ele reforça que a alternância não representa uma ruptura, mas sim a continuidade da ação pastoral. “As transferências são necessárias para manter viva a missão da Igreja e assegurar que o trabalho desenvolvido até aqui tenha sequência na vida do povo de Deus”, acrescentou.
Além da troca de sacerdotes, a transição envolve uma organização detalhada da estrutura administrativa e patrimonial das paróquias. O diácono Paulo Afonso, ecônomo da Arquidiocese, explica que essas reuniões são essenciais para garantir que o novo pároco tenha total conhecimento sobre a situação da comunidade.
“As reuniões são fundamentais para que o novo pároco tenha conhecimento prévio sobre a estrutura da paróquia. Durante o encontro, o padre que está saindo compartilha informações essenciais com o conselho econômico e demais presentes, proporcionando uma transição mais organizada e transparente”, disse.
Ele destacou ainda que o processo é planejado com antecedência, garantindo harmonia e eficiência na mudança de liderança pastoral. “A Arquidiocese agenda as reuniões junto ao pároco antecessor e ao sucessor, com a presença da equipe administrativa e da chancelaria. Ao final, uma ata é redigida e assinada por ambas as partes, sendo arquivada na paróquia e na Cúria, registrando tudo o que foi tratado”, acrescentou.
Mudanças de sacerdotes com transparência e planejamento
O padre André Negreiros, que assumiu a Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, ressaltou a relevância desse momento de troca de missão. “Essas reuniões são fundamentais porque permitem um diálogo entre o padre que sai e o que chega. Além de compartilharmos informações sobre a caminhada pastoral, temos a oportunidade de apresentar documentos importantes, como os livros sacramentais, atas, prestações de contas e registros dos bens da paróquia”, explicou.
Para ele, esse processo evita que os sacerdotes assumam uma nova comunidade sem um conhecimento prévio da realidade local. “É uma forma de garantir uma transição tranquila e organizada, permitindo que a missão evangelizadora continue sem interrupções. Isso reflete a vivência da sinodalidade, onde mãos que entregam e mãos que recebem trabalham juntas para fortalecer a ação da Igreja”, completou.
O novo pároco da Paróquia São João Batista e São João Evangelista, padre Geneilson Bezerra também destacou a importância do primeiro contato com a nova comunidade. “Essas reuniões nos permitem entender a realidade da paróquia, conhecer os conselhos pastoral e econômico, escutar os desafios e alegrias da comunidade e nos preparar melhor para essa nova missão”, disse.
Sobre suas expectativas, ele se mostrou motivado e entusiasmado para a nova caminhada. “Estamos organizando tudo com alegria e de coração aberto para dar continuidade ao trabalho de evangelização nesta paróquia que vive intensamente sua fé. Meu desejo é contribuir com a caminhada dessa comunidade acolhedora e fortalecer ainda mais sua missão pastoral”, concluiu o padre Geneilson.
Já para o padre Aerton Marcos, que assumiu a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, a transição pastoral reflete a fraternidade do clero e a continuidade da missão da Igreja. “Nenhum padre chega para começar do zero, sempre há um trabalho em andamento. Da mesma forma, ninguém conclui completamente um serviço, pois a evangelização é um processo contínuo. Cada um contribui com o seu possível, fortalecendo a caminhada da comunidade”, finalizou.
O padre Arthur França, que assumiu o ofício de vigário paroquial na Paróquia N.Sra do Perpétuo Socorro, no bairro Mafrense, destacou que a reunião de transição é de extrema importância para a vida da paróquia e sobretudo para o bom desempenho do novo padre que chega para assumir a missão. “Cada paróquia possui uma realidade administrativa e a participação da equipe econômica da Cúria garante uma transparência maior dentro desse processo. A reunião envolve o Conselho Administrativo e Econômico da Paróquia, o padre que parte em missão e o padre que chega, além da representação do governo arquidiocesano”, externou.