Fiéis e representantes do clero de Teresina se reuniram na tarde dessa terça-feira (8) para celebrarem a missa de abertura do Tribunal Diocesano para a causa de beatificação do Padre Pedro Balzi. A Eucaristia foi presidida por Dom Jacinto Brito, na Catedral Nossa Senhora das Dores, no Centro da capital.
O Tribunal Diocesano, por meio do bispo e dos sacerdotes nomeados por ele durante a sessão especial, tem a responsabilidade de recolher as provas formais e relatos de testemunhas das virtudes heroicas do Servo de Deus. Nesta fase também são incluídas perguntas sigilosas que vão ajudar na confecção de um relatório que será analisado por comissões durante a fase romana do processo de beatificação.
“A memória dele ainda permanece no coração das pessoas que ele ajudou. E que a Igreja possa um dia colocá-lo como uma referência para a imitação dos cristãos”, explicou Dom Jacinto Brito, arcebispo de Teresina.
Conforme o padre Igor Torres, que é o postulador da causa, toda a comunidade arquidiocesana é convidada a continuar rezando por estes que estão envolvidos diretamente na causa e pedir a intercessão do padre Pedro Balzi com a mesma confiança que tinham quando o conheceram em vida. “É um passo importante, porque formaliza os esforços do recolhimento das provas. Podemos acompanhar o tribunal com a nossa oração e com a certeza de que o trabalho será feito com muita seriedade e competência”, explicou.
A autora da causa de beatificação e canonização do Servo de Deus é a Associação Padre Pedro Balzi. O processo foi aberto no dia 20 de fevereiro de 2020, quando Dom Jacinto Brito aceitou o requerimento, após receber uma resposta positiva da Santa Sé. Para a dona de casa Maria de Fátima Carvalho, fiel que se tornou devota do Servo de Deus, esse é um momento muito importante para todos que tiveram a oportunidade de aprender todos os ensinamentos que ele deixou.
“A minha vida toda conheci ele e pude testemunhar a sua caminhada. Foi ele quem celebrou minha Primeira Comunhão, a minha Crisma e celebrou o meu casamento. Na última vez que o encontrei em vida ele tocou o meu rosto e me disse que eu era muito importante. Tenho fé que vai dar tudo certo”, relatou.
Processo de Beatificação e Canonização
Um processo de Beatificação e Canonização compõe-se obrigatoriamente de duas fases: a diocesana e a romana, ambas sem duração definida. Após a instalação do Tribunal Diocesano, a documentação será remetida à Congregação para a Causa dos Santos, no Vaticano, onde os documentos, laudos, pareceres e testemunhos são analisados por comissões, dando início à fase romana do processo.
Caso tudo ocorra bem, é chegado ao ponto em que o Papa primeiro decreta venerável. Depois, com um processo para o reconhecimento de um milagre, o Servo de Deus é beatificado, e com o processo para a comprovação mais um milagre é canonizado santo.
Texto: Glayson Costa