O Jubileu da Misericórdia (dezembro2015-novembro2016) orienta que cada católico procure uma vida de abertura ao outro, de amor e de perdão, recorrendo mais ao sacramento da Confissão.
O papa Francisco é inspirador quando diz que “a misericórdia e o perdão não podem ser meras palavras, mas têm de realizar-se na vida diária: amar e perdoar são o sinal concreto e visível de que a fé transformou os nossos corações e nos permite exprimir em nós a própria vida de Deus”.
Mas e o que vem a ser Confissão ou Penitência? Para a igreja Católica é o Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados de seus pecados e recebam a graça santificante. Também é chamado de sacramento da Reconciliação.
O Clero da Arquidiocese de Teresina seguindo a orientação do papa Francisco faz esse chamamento e convoca os fiéis para a importância de buscarem o sacramento da conversão conquistado através do ato de confissão dos pecados. A orientação é que esse gesto seja repetido pelo menos duas vezes ao ano. Uma no período do advento e a outra no período da quaresma.
De acordo com o sacerdote Walfran Rios, um instrumento que nos ajuda a interpretar as nossas pendências com Deus são os dez mandamentos. A reflexão com mais clareza nos impulsiona a buscar a confissão.
“Peso de consciência! A pessoa tem que sentir o momento em que ela foi infiel a Deus ou machucou alguém ou foi infiel consigo mesmo. Ao perceber que falhou ou que ofendeu é natural surgir o desejo de se confessar”, reflete.
Mas uma realidade que gera reflexão também aos padres da nossa Arquidiocese é o fato de os cristãos estarem perdendo o hábito de se confessar. Para o padre “é necessário resgatar a noção de pecado como um ato que desagrada a Deus. A partir dessa interpretação aos poucos vamos sentir a necessidade de nos confessar mais ainda”, reforça.
Para o seminarista Yago Rodrigues, que cursa o segundo ano de filosofia, o momento da confissão é tão especial que merece preparação específica. “O despertar da confissão em minha vida surgiu ainda na infância, sob influência dos meus pais e avós. A Igreja nos orienta que devemos fazer um exame de consciência. Recolher, olhar para dentro de si mesmo e se questionar em que momento faltei para com Deus e com o próximo e consigo mesmo”, explica.
Yago reforça ainda que o ato de reconhecer a fragilidade de natureza humana só trás pontos positivos para a vida de um cristão, principalmente durante o período da quaresma que nos conduz para uma experiência de mudanças.
“Através do ato de se confessar e dizer as nossas faltas e receber o perdão através do sacerdote é uma espécie de absolvição. É o ponto de partida para a reconciliação com Deus e com o próximo”, pontua.
Portanto o ato de confessar gera sempre frutos positivos e enche o coração de alegria de quem participa do ato desse ato que é um gesto de humildade. “É como se Deus tivesse tirado uma carga de nossas costas. E esse peso é justamente a nossa consciência que nos acusa das faltas que cometemos”, continua Yago.
Vale por fim reforçar que o sacramento da confissão é essencial para nos católicos. Devemos nos inspirar e atender a convocação do papa que de forma especial, no ano da misericórdia nos chama para experimentarmos o amor de Deus através desse sacramento.
“Todo pecador que se confessa recebe a reconciliação e se reconcilia com a Igreja e com o bem espirtual da Igreja. Volta a amizade com Deus. O próprio pecador desfruta paz no coração”, finaliza o sacerdote.
Com informações de Lívio Galeno
Por Vera Alice Brandão