Para a Igreja particular de Teresina o último sábado (14) foi um dia marcado pela devoção popular à Nossa Senhora, a mãe das Dores. A padroeira da Arquidiocese motivou a comunhão de fiéis no último dia de novenário da Catedral. O objetivo foi realçar ainda mais Maria como aquela que coopera na missão do Filho.
Às 18h a programação teve início na Igreja do Amparo com a recitação das vésperas seguida de uma procissão que teve como destino a Catedral Nossa Senhora das Dores, onde os presentes acompanharam a celebração presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Teresina.
Na homilia, Dom Jacinto expressou a grandeza de Nossa Senhora das Dores que, segundo ele, tem um grande peso como título mariano “porque é padroeira da Arquidiocese e, além disso, é titular da nossa catedral. Estamos aqui em comunhão a Maria no mistério da sua dor e unidos ao seu Filho”, disse ressaltando a importância do momento.
Eshila Sampaio Almeida, devota de Nossa Senhora das Dores, participou dos dias de novenário dedicado à padroeira e evidenciou a satisfação de integrar a comunidade unida pela fé.
“Todo festejo é um momento de graça. Mas hoje é um momento de graça abundante porque ela é mãe e padroeira de toda a Arquidiocese. E assim como Jesus entregou Maria na cruz para ser mãe da humanidade, Ele também entregou Maria para ser a mãe de toda a nossa Arquidiocese. E, desta forma, assim como João, estamos demonstrando aqui que acolhemos Maria como nossa mãe e padroeira. Portanto, o sentimento é de gratidão por ter participado de todos esses dias de novenário. Pude renovar a espiritualidade e assumir minhas cruzes, pois sei que Maria está presente ajudando para que essas cruzes se tornem mais leves. Enfim, ela está conosco assim como esteve com Jesus”, diz.
Na reflexão junto aos participantes da celebração, o arcebispo Metropolitano ainda valorizou a união dos irmãos numa data que celebra Nossa Senhora. Ele orientou para que todos entreguem a ela as incertezas e dores do mundo já que Maria abraça nossa Arquidiocese e também a nação que vive uma grave crise.
“Nesse momento histórico do Brasil e do mundo o mistério de Maria na sua dor, unida a seu Filho é muito atual, porque uma mãe não pode deixar de sentir a dor do seu filho. A dor da fome, a dor dos lares que estão marcados pela violência. Diante da incerteza das eleições que estão por vir precisamos mesmo é colocar no coração da Mãe das Dores essas dores, afim de que possa ser restaurada, no coração da mãe, essa sanidade”, disse
Padre Walfran Rios, vigário paroquial da Igreja do Amparo, ressaltou ainda os ensinamentos que podemos adquirir a partir do exemplo de Maria. Para o padre, a data tem fundamentação bíblica.
“Estamos aqui hoje celebrando Nossa Senhora das Dores por toda uma fundamentação bíblica. É sabido que Nossa Senhora das Dores acompanhou Jesus em todos os seus momentos, especialmente na hora da cruz. Maria sofreu porque viu seu filho sofrer. Ela participou do mistério da redenção. Do momento do Calvário. Ela também se ofereceu a Deus naquela dor. Então é importante celebrar esse dia porque foi lá na dor que ela recebeu a missão de cuidar do discípulo. Foi lá na dor, no calvário, onde surgiu a mater espiritual. Onde ela foi dada como mãe de toda a comunidade cristã e nós, olhando a dor dela, podemos aprender com ela a nos comportarmos diante do sofrimento. Não podemos nos desesperar e nem perder a esperança em Deus. Devemos suportar o sofrimento com Jesus”, disse finalizando o sacerdote.
Por Vera Alice Brandão