O momento exige atenção de todas as pessoas que defendem a vida humana. Estamos diante de mais uma tentativa de legalização do aborto no ordenamento jurídico brasileiro, desta vez, quer-se mudar a lei mediante o poder judiciário. Nesse caso, para nossa triste constatação, seria uma decisão judicial que autorizaria a pena de morte, inaceitável para o pior dos criminosos, aos completamente inocentes e indefesos.
A Igreja sempre assegurou que “o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas”. Para tanto há que se combater as causas do aborto, através da implementação de políticas públicas eficazes que atendam as mulheres, vítimas da proteção e da assistência dos Poderes da República, nas áreas da saúde, dos direitos reprodutivos, da segurança, notadamente nas localidades mais pobres e vulneráveis.
Para nós cristãos, a vida é um supremo dom de Deus e preservá-la é a nossa vocação primeira. O Direito brasileiro também reconhece e proclama a inviolabilidade da Vida na sua Constituição Federal. Nenhum ser é tão vulnerável quanto o feto. Ele já traz em si todos os elementos de biologia necessários ao seu crescimento. Isso quem afirma são as Ciências Naturais. Para além da biologia, a dignidade do feto já está completa. O feto é, em si mesmo, um ser por inteiro. Os direitos da mulher e da mãe, devem ser garantidos, desde que não suprima e elimine a vida do próprio filho. Eliminá-lo será sempre uma violência e um crime, ainda que leis desnaturadas o proclamem.
Diante da gravidade da situação, conclamo a todas as pessoas de boa vontade, a unirem-se na oração e na promoção de atividades em favor da vida, do respeito à dignidade de todo ser humano, desde a sua concepção e do respeito a Constituição do país.
Deus Pai viu Seu Filho inocente ser condenado à morte sem nenhuma culpa. O Brasil pode repetir a ofensa legalizando a mesma condenação.