As cidades de Monsenhor Gil, Valença e União vão receber a Caravana Vocacional. O momento é uma realização do Serviço de Animação Vocacional da Arquidiocese que tem a frente o coordenador da Pastoral Vocacional, padre Anderson Fábio de Oliveira. A ação evangelizadora, garante o sacerdote, “tem o objetivo de levar a certeza aos cristãos de que Jesus Cristo continua chamando os irmãos a uma vocação específica”. A programação vai contemplar palestras com espaço para testemunhos e celebrações eucarísticas, além dos encontros de orientação.
Neste momento que visa o despertar, em especial da juventude, o acolhimento e toda a programação realizada pela caravana terão como cenário a Igreja matriz de cada paróquia visitada. A Igreja Matriz da Paróquia Menino Deus da Forania Rural I, sediará no dia 1° de outubro o momento de abertura e, consequentemente, será oferecido um dia todo de vivência com a temática: “Eis-me aqui, faça-se” (Lc 1,38). No dia 19 de outubro a Caravana chega à Forania Rural II, Paróquia Nossa Senhora do Ó e Conceição e para fechar a peregrinação religiosa, no dia 26 de novembro será a vez da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios (Forania Rural III).
Padre Anderson destaca que normalmente associamos a palavra vocação às imagens de padre e freira, ou até mesmo a confundimos com a escolha profissional, porém, são duas coisas diferentes. “Na verdade, o significado da palavra vocação é bastante amplo e tem sua origem no verbo latino vocare, que significa “chamar ou chamamento”. No âmbito religioso, trata-se de um chamado que provém da boca Daquele que tudo criou pela força de sua Palavra: Deus. Portanto, compreender a vocação como um dom é reconhecer que, em todas as circunstâncias, Deus nos chama a viver e realizar seu projeto de amor”, explica.
Vocação é dizer SIM a Deus e, pela fé, descobrir o próprio lugar no mundo, na Igreja de hoje e no serviço aos irmãos. Para descobrir bem este projeto de Deus se faz necessário fazer um discernimento. “Deus, em seu infinito amor, modelou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, os chamou à vida, para que, na liberdade de filhos e filhas, fossem continuadores da sua criação. O ser humano, ao ter consciência de que toda a vida é dom de Deus, é chamado a ser corresponsável pela promoção da vida e a corresponder a esse convite desenvolvendo-se na relação consigo mesmo, com os outros, com o mundo e com o próprio Deus”, acrescenta o sacerdote.
É sabido de todo cristão que pelo Batismo toda pessoa recebe, pela fé de seus pais e padrinhos, um chamado: o de ser cristão. À medida que a pessoa cresce e toma conhecimento da própria fé, aos poucos assume uma identidade que a caracteriza como seguidora do próprio Cristo. Consequentemente, a pessoa é chamada a aderir à missão de Jesus, para ser sinal do Reino e comunicação da Boa-Nova do Evangelho. Essa é a defesa do padre Anderson que destaca a ampliação de vivência vocacional onde quer que vá: “Cada pessoa vive e realiza a vocação cristã na família, na sociedade e na comunidade eclesial à qual pertence. Então esse será o momento de falarmos como Maria. Neste Ano Jubilar Mariano vamos ser espelho dessa cristã que disse: “Eis-me aqui, faça-se” (Lc 1,38)”, finaliza ele, reforçando o convite à comunidade.
Por Vera Alice Brandão